30/05/2011

                                               
Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava perto dela e lhe perguntava o que estava fazendo. Ela me respondia que estava bordando.
Eu observava seu trabalho de uma posição mais baixa de onde ela estava sentada e sempre lhe perguntava o que estava fazendo, dizendo-lhe que de onde eu estava o que ela fazia, me parecia muito confuso. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente dizia:
“Filho saia um pouco para brincar e quando terminar meu bordado te chamará e te colocarei sentado em meu colo e te deixarei ver o bordado da minha posição.
Perguntava-me porque ela usava alguns fios de cores escuras e porque me pareciam tão desordenados de onde eu estava. Minutos mais tarde, escutava-lhe chamando-me: ”-Filho, vem e senta-te em meu colo”.
Eu o fazia de imediato e me surpreenda e emocionava ao ver a famosa flor e o belo entardecer no bordado. Não podia crer: de baixo parecia tão confuso. Então minha mãe me dizia: ”-Filho, de baixo para cima se via confuso e desordenado, porém, não te ocorria de que no plano acima havia um desenho; só o estava seguindo! Agora, olhando o da minha posição, sabes o que eu estava fazendo”.
Muitas vezes, ao longo dos anos, Tenho olhado para o céu e dito:
“-Pai, o que estás fazendo”?
Ele responde “-Estou bordado tua Vida”
E eu replico:
““. -Mas, está tudo tão confuso; em desordem. “Os fios parecem tão escuros, por que não são mais brilhantes”?
O pai parece dizer-me:
“-Meu filho, ocupa-te de teu trabalho... e Eu farei o meu; um dia, te trarei ao céu e te colocarei em meu colo e então verás o plano, da minha posição".